Agropecuária | Publicada em 01/07/2020
Em podcast publicado pelo banco na sexta-feira, ele lembra que, por causa da pandemia, não apenas o consumo de combustíveis diminuiu como também a produção de etanol, já que as usinas priorizaram a fabricação de açúcar na safra 2020/21. O banco projeta uma perda na demanda pelo biocombustível ao fim da temporada atual da ordem de 3,5 bilhões de litros ante o registrado na safra 2019/20. Enquanto isso, a retração na produção das usinas do Centro-Sul seria de 6 a 7 bilhões de litros na mesma base comparativa, em virtude do mix mais açucareiro da safra 2020/21. Os cálculos consideram, segundo o analista, recuperação gradual do consumo até novembro, quando retornaria ao patamar de novembro de 2019. "Nesse cenário, a queda do consumo fica bem menor do que a projetada para a produção. Por isso, há uma possibilidade de haver um aperto entre oferta e demanda até o último trimestre deste ano, o que melhoraria os preços do etanol na safra atual", disse Duff no podcast. Ele acrescentou que, para que a retração estimada do consumo fosse igualada à projetada para a produção, o mercado precisaria observar uma queda de 30% na demanda por combustíveis do mês de março até dezembro. O setor, que foi um dos mais afetados pela pandemia no agronegócio brasileiro, deve prestar muita atenção ao desenvolvimento dos preços do biocombustível e às perspectivas de consumo nos próximos meses, afirma Duff. Segundo ele, embora haja um consenso de que a safra 2020/21 será mais açucareira, as variáveis no mercado de etanol também não podem ser ignoradas. Fonte: Estadão Conteúdo
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