Agropecuária | Publicada em 12/06/2020
A soja segue na liderança da pauta de exportação, com 5,2 bilhões de dólares em vendas externas. Na avaliação da pasta, a receita com exportação de carne bovina foi destaque ao alcançar 780 milhões de dólares, seguida por açúcar com 767 milhões. "O mercado chinês adquiriu 44,9% do valor total exportado pelo Brasil em produtos do agronegócio, chegando a 4,91 bilhões de dólares em aquisições (+50,4%)", disse o ministério. O país asiático foi o maior importador da soja em grão brasileira, ao responder por 71,5% dos embarques, ou 3,7 bilhões de dólares. Já as aquisições chinesas de carne foram de 870,84 milhões no mês, considerando o mercado de Hong Kong. Desta forma, 55% do valor total exportado pelo Brasil foi para a China no período. A China aparece novamente como maior importadora de açúcar, adquirindo 21,7% de todo o valor exportado pelo Brasil do produto ou 166,42 milhões de dólares. "A quebra da safra indiana de açúcar e o aumento das aquisições chinesas do produto explicam o incremento de nossas exportações." Digitalizar agro na América Latina é chave para progresso e segurança, diz Nobel Agricultores da América Latina poderiam manejar com mais precisão assuntos como novas pragas ou os desafios das mudanças climáticas se tivessem acesso maior a tecnologia e informações atualizadas, que serão peças-chave no mundo pós-pandemia, disse nesta quarta-feira o economista norte-americano Michael Kremer. O acadêmico, um dos ganhadores do prêmio Nobel de Economia em 2019 por seus estudos sobre a pobreza, afirmou que a epidemia de coronavírus desencadeará uma crise econômica que significará, para muitas pessoas, um problema de segurança alimentar. "Em muitos casos, os agricultores não têm acesso à informação científica mais recente", disse o economista em conversa com Manuel Otero, diretor-geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), sediado na Costa Rica, transmitida online. "Eles podem ter conhecimentos tradicionais, mas isso não necessariamente os ajudará a se adaptar a novas pragas ou novas variedades de sementes, ou abordar a mudança climática", acrescentou Kremer, que ajudou a fundar a ONG Precision Agriculture for Development, que trabalha com agricultores, ONGs, cientistas, empresas e governos na Ásia e na África. Recorrendo a exemplos de programas com agricultores africanos, nos quais o uso do celular permitiu que eles obtivessem mais informações meteorológicas ou de rendimento de cultivos, Kremer disse que agora é o momento para investimentos na digitalização dos serviços de extensão agrícola, que ajudam produtores com investigação científica aplicada e educação. "A agricultora móvel é algo que pode ser útil não apenas para os agricultores, governos e serviços de extensão... mas também para as empresas privadas", disse ele no webinar "Oportunidades para a agricultura digital na América Latina e no Caribe: resposta rápida à Covid-19". "Devido à Covid-19 talvez não seja possível visitar os agricultores, mas isso dá a oportunidade para que eles coletem dados para compreender como são afetados, as interrupções no mercado e na cadeia de ofertas, o acesso a crédito, entre outros", o que pode ajudar na formulação de políticas públicas. Fonte: Reuters
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