Agropecuária | Publicada em 07/05/2020
Entretanto, o começo será com menor intensidade devido à elevada quantidade de grãos verdes no momento. A avaliação é do presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis. Ele destaca que a quantidade de grãos verdes deve trazer atrasos no começo da colheita. No cerrado mineiro, usualmente regiões como Araguari e Monte Carmelo iniciam primeiro a colheita, com áreas como Patrocínio começando depois a partir de junho. “A maturação atrasou porque choveu muito”, comentou em entrevista à Agência SAFRAS. Francisco Sérgio indica que a região do cerrado mineiro para esta safra de 2020 foi “premiada negativamente com o clima. A pior região foi a nossa”, afirma. Ele diz que em 2019 a região enfrentou seca e temperaturas muito elevadas no começo do ano (veranico), em janeiro e fevereiro. Depois, no inverno, houve muito frio e episódios de geada em algumas áreas. Esse frio levou a uma desfolha em julho e agosto e depois ainda as chuvas para as floradas atrasaram, só vindo em outubro. Com os problemas climáticos, o cerrado mineiro não vai repetir outras regiões do Brasil e não terá uma safra recorde. Em 2018, última safra recorde, o cerrado mineiro colheu cerca de 7,5 milhões de sacas de 60 quilos, afirma Francisco Sérgio. Para esse ano de 2020, também de safra cheia dentro do ciclo bienal da cultura, era esperada uma safra de 7,8 milhões de sacas. Porém, com as dificuldades no clima, a produção deverá atingir o máximo de 6,5 a 6,8 milhões de sacas, devendo perder assim mais de um milhão de sacas em relação ao potencial. Para o dirigente da Federação do Cerrado, o Brasil no máximo vai repetir a safra recorde de 2018, sendo muito difícil superá-la. Além do cerrado mineiro, cita uma safra menor que a esperada que deve se confirmar para o conilon no Espírito Santo. Fonte: Agência SAFRAS
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