Agropecuária | Publicada em 17/04/2020
Esse tipo de cultivo, conhecido como cultivo de sequeiro, registrou um déficit hídrico médio de 37% de 2013 a 2017, segundo os dados do levantamento Uso da Água na Agricultura de Sequeiro no Brasil (2013-2017), divulgado nesta terça-feira, 14, pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O déficit representa o quanto faltou de água para o pleno desenvolvimento das culturas. O consumo de água pela agricultura de sequeiro é da ordem de 8,1 mil metros cúbicos por segundo, ou 8,1 milhões de litros a cada segundo, na média dos anos analisados. As culturas de sequeiro estiveram sujeitas a um déficit hídrico médio de 30% em períodos mais críticos de desenvolvimento vegetativo e de 7% de déficit no período próximo à colheita. Segundo o IBGE, o milho é muitas vezes plantado em regiões e períodos de maior risco climático, enquanto que a cana-de-açúcar também sofreu com o clima mais desfavorável que a média histórica no período pesquisado, embora seja bastante resistente ao déficit de água. A produção agrícola brasileira - somados os cultivos irrigado e de sequeiro - consome cerca de 10 mil m? de água por segundo, dos quais 92,5% provêm do ciclo hidrológico local ("água verde", das chuvas e do solo) e 7,5% como aporte adicional via irrigação ("água azul", captada em mananciais superficiais e subterrâneos). A irrigação já responde por 66% do consumo de água na produção agrícola do País. O levantamento avaliou dados mensais de 2013 a 2017. O trabalho tem como base dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE e do Atlas Irrigação, da ANA. O estudo teve apoio da Agência Internacional de Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit - GIZ). Os resultados são incorporados às Contas Econômicas Ambientais da Água no Brasil. Fonte: Estadão Conteúdo
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