Agropecuária | Publicada em 26/11/2019
A produção nacional de cevada está estimada em 416 mil toneladas, com produtividade das lavouras 12% maior em relação ao ano passado, segundo informações divulgadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Nesse cenário, as cultivares de cevada estão presentes em 70% da área de cultivo.
“Os cultivos com cereais de inverno foram favorecidos pelo frio e clima seco durante o inverno na Região Sul. Porém, as condições do ambiente resultaram no aparecimento de oídio nas lavouras, doença que pode causar danos de até 28% no rendimento de grãos na cevada. Depoimentos de produtores relatam a necessidade de até quatro aplicações de fungicidas para controle de oídio em cultivares suscetíveis à doença”, informa a Embrapa.
Nesse cenário, uso de cultivares da Embrapa, identificadas pela sigla BRS, contribuiu para o aumento de produtividade na cultura da cevada, de acordo com as informações. Em 1985, quando o programa de melhoramento genético da Embrapa começou a atuar em cevada, a produtividade média coma as primeiras cultivares BRS foi de 1.671 kg/ha e dez anos depois, as cultivares BRS ocupavam 46% da área cultivada com cevada no Brasil e a produtividade média saltou para 2.526 kg/ha.
“Pode-se afirmar que a disponibilização da genética Embrapa representou um divisor de águas na produção nacional, consolidando a cevada como mais uma opção rentável para os produtores de grãos do Sul e do Cerrado”, avalia o pesquisador da Embrapa Trigo Euclydes Minella. O pesquisador destaca ainda que, se depender da competitividade da genética Embrapa, o País pode voltar a pensar na autossuficiência em cevada e malte tentada nos anos 70.
Fonte: Agrolink
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