Agropecuária | Publicada em 23/09/2019
O
PIB do Agronegócio brasileiro recuou 0,8% em junho de 2019, de acordo
com cálculos realizados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil) e com a Fealq (Fundação de Estudos
Agrários Luiz de Queiroz).
No acumulado do primeiro semestre de
2019, no entanto, o resultado manteve-se positivo, com crescimento de
0,53%. Segundo pesquisadores do Cepea, essa elevação na primeira metade
do ano esteve atrelada aos resultados do ramo pecuário, que obteve
crescimentos importantes no segmento primário e nos elos industriais
(antes e depois da “porteira”) e, como reflexo, nos agrosserviços. O
principal impulso à renda do ramo pecuário tem sido o aumento dos
preços, que, por sua vez, reflete sobretudo a demanda internacional mais
aquecida pelos produtos pecuários brasileiros.
INSUMOS – O segmento de insumos segue se destacando, tendo em vista que encerrou o primeiro semestre registrando expressiva alta de 7,26%. Pesquisadores do Cepea destacam que esse resultado se deve aos crescimentos observados nos ramos agrícola (de expressivos 9,08%) e pecuário (de 3,32%), que, por sua vez, têm sido influenciados positivamente ao longo de 2019 sobretudo pelos bons resultados nas indústrias de fertilizantes e defensivos.
PRIMÁRIO – Diferentemente dos demais segmentos, o primário foi o único que apresentou decréscimo no acumulado parcial do ano, de 2,04%. De acordo com pesquisadores do Cepea, essa retração está relacionada ao ramo agrícola, que apresenta queda de 7,71% no acumulado do semestre, tendo em vista que o pecuário, favorecido por maiores preços e produção, avançou 10%. A redução no segmento primário da agricultura decorre de preços em queda combinados a maiores custos de produção, o que tem pressionado a renda.
AGROINDÚSTRIA – No acumulado do primeiro semestre, tanto a agroindústria agrícola quanto a pecuária mantiveram crescimentos, devido aos maiores preços e produção. Diante disso, o segmento agroindustrial como um todo apresentou alta de 1,26% na primeira metade do ano.
SERVIÇOS – O resultado positivo observado para o segmento de serviços no primeiro semestre, de 0,65%, se deve especialmente ao efeito do bom ritmo de exportações brasileiras sobre os preços pecuários e sobre a demanda por serviços necessários para que esses embarques ocorram.
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