Agropecuária | Publicada em 12/09/2019
Conhecidas pela qualidade, as frutas e hortaliças produzidas em Santa Catarina ganham mais um diferencial competitivo. A partir de agora, os consumidores poderão saber detalhes sobre o cultivo dos vegetais, inclusive o local onde foram produzidos e informações sobre o uso de agrotóxicos. A identificação de origem da produção vegetal se dá através de um processo de rotulagem, que já conta com a adesão de todos os produtores cadastrados na Centrais de Abastecimento do Estado de Santa Catarina (Ceasa/SC).
O uso de mecanismos que garantem a
identificação de origem dos alimentos se tornou obrigatório para os
produtores rurais de todo país e os catarinenses já estão se adequando
às novas exigências. Ao longo da última semana, técnicos da Companhia
Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC), em
parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA), realizaram fiscalizações na Ceasa/SC e confirmaram que grande
parte dos produtos de Santa Catarina possuem o rótulo de identificação
de origem.
"A identificação de origem é fundamental para
protegermos a sociedade de produtos de qualidade insatisfatória. O
trabalho desenvolvido pela Secretaria da Agricultura, Cidasc, Epagri e
Ceasa colocam nosso estado à frente de outros estados nesse controle e
nós corroboramos a fiscalização atual do Ministério da Agricultura
porque essa ação dará credibilidade ao trabalho desenvolvido e ajudará
para avançarmos na melhoria da produção", destaca o presidente da
Ceasa/SC, Angelo Di Foggi.
Desde o ano passado, a identificação
de origem de frutas e verduras se tornou obrigatória – regulamentada
pela Portaria Conjunta SES/SAR nº 459, de 7 de junho de 2016. Toda a
cadeia produtiva de produtos vegetais frescos destinados à alimentação
humana deve ter identificação de origem, para fins de monitoramento e
controle de resíduos de agrotóxicos, em todo o território estadual.
Para
o comerciante Francisco Prim, o rótulo de identificação traz mais
responsabilidade para os produtores e também mais segurança para os
consumidores. “A gente vê bastante responsabilidade do produtor porque
aquilo que ele vai vender para o consumidor, ele também leva para a casa
dele e consome lá. É o que eu faço, o que eu vendo aqui eu levo para a
minha casa, para os meus netos, toda a minha família”, afirma.
e-Origem
Em uma iniciativa pioneira, Santa
Catarina oferece uma ferramenta gratuita para que os agricultores
comprovem a procedência da produção e atendam às exigências legais. O
e-Origem é um sistema online e autodeclaratório onde os produtores
conseguem fazer a identificação das frutas e verduras de forma prática e
simples.
De acordo com o secretário adjunto da Agricultura, da
Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo Miotto, além de trazer um
diferencial competitivo para a produção catarinense, o e-Origem atende
uma necessidade da sociedade na busca por alimentos mais saudáveis.
“Santa Catarina teve uma iniciativa pioneira e inovadora. Nós percebemos
que os consumidores estão exigindo alimentos mais seguros e oferecemos
uma ferramenta gratuita para incluir os agricultores catarinenses nesse
processo, para que não fiquem à margem dessa exigência legal".
Com
o sistema da Cidasc, o produtor faz seu cadastro e preenche as
informações sobre a sua produção de frutas e verduras, automaticamente é
gerado um código específico para a identificação de origem dos seus
produtos. O programa traz ainda um modelo de caderno de campo para
impressão e oferece exemplos de etiquetas e cartazes para exposição em
pontos de venda.
O sistema permite ainda que os consumidores
tenham acesso às informações da produção de maneira fácil e rápida. A
etiqueta dos alimentos traz um QR Code, que mostra quem produziu aquela
fruta ou verdura, onde foi produzido, a data da colheita e quem é o
comerciante.
"O e-Origem dá um suporte para o produtor
catarinense, é o primeiro passo para a identificação do produto. Todo
produto vegetal catarinense pode ser cadastrado, identificado pelas
etiquetas com o nome, lote e origem do produto de forma eletrônica",
explica o engenheiro agrônomo da Cidasc, Mario Veríssimo. " É importante
ressaltar que os técnicos da Epagri e Cidasc estão prontos para dar
todo suporte ao produtor catarinense, com informações ou ajuda para
cadastrar seus produtos no e-Origem", complementa.
Fiscalização na Ceasa/SC
Os técnicos da Cidasc e do Ministério da
Agricultura realizaram a fiscalização logo na entrada da Ceasa/SC,
verificando dados das notas fiscais e dos rótulos nas caixas de
mercadorias.
Além da identificação de origem e do caderno de
campo, no qual o produtor faz os registros de todos os insumos
utilizados, passou a ser cobrado também o cadastro de quem vende essas
frutas e verduras. A identificação de origem dos vegetais é requisito
obrigatório para quem quer comercializar produtos na Ceasa/SC.
Fonte: Assessoria de Imprensa Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de SC
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