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TRIGO: Concorrência no mercado pode beneficiar o Brasil

Agropecuária | Publicada em 06/08/2019

A agressividade de empresas russas e australianas no mercado de trigo tem feito a Argentina perder espaço à medida que se aproxima o início da safra internacional 2019/20, em setembro. O resultado é que as cotações estão mais baixas que no mesmo período do ano passado no país vizinho, o que cria uma boa oportunidade de fixação de preços para os moinhos brasileiros, que dependem de importações.

Aquisição - Segundo o Ministério da Agroindústria da Argentina, os exportadores do país compraram dos produtores 2,85 milhões de toneladas do cereal colhido na atual temporada até o dia 17 de julho. O volume é 425,1 mil toneladas menor que no mesmo período de 2018 (3,28 milhões de toneladas). Do total, os exportadores já negociaram 2,37 milhões de toneladas, ante as 3 milhões de um ano atrás.

Cotação em alta - Conforme Luiz Carlos Pacheco, da consultoria Trigos & Farinhas, essa queda está fazendo as cotações do trigo subirem mais lentamente do que a média histórica no mercado futuro argentino. Na Bolsa de Cereais de Buenos Aires, o valor médio para julho e agosto subiu 2,6% e 3,9%, respectivamente, na comparação anual, para US$ 235 e US$ 239 a tonelada.

Retração - Mas para entregas a partir de setembro, quando a nova safra brasileira começará a entrar no mercado, os preços fixados estão menores. As retrações são de 0,4% para setembro, 3,1% para outubro, 8,5% para novembro e 7,4% para dezembro.

Volume maior - O movimento também tem relação com o aumento do volume esperado para a colheita argentina, que poderá chegar a 21 milhões de toneladas, de acordo com recente relatório da consultoria Agritrend, ou até a 22 milhões de toneladas, conforme a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. No ciclo 2018/19, a colheita foi de 19,2 milhões de toneladas.

Escoamento - "Esse aumento da produção esperada deveria fazer os vendedores tentarem escoar com mais intensidade essa disponibilidade. Talvez estejam se esforçando, sem sucesso, dada a agressividade dos demais exportadores do mercado internacional", afirma Pacheco. Até a semana passada, por exemplo, as Filipinas haviam comprado 275 mil toneladas de trigo forrageiro da Austrália, quando nos últimos dois a opção foi a Argentina.

Mestres - "Os argentinos são mestres em comercialização de trigo. Eles aproveitaram duas quebras de safra na Austrália para venderem do outro lado do mundo, mas agora estão perdendo terreno". Pacheco ressalta que os preços FOB (sem contar despesas de envio) na Argentina para entregas em dezembro estão em torno de US$ 187 a tonelada na Bolsa de Cereais de Buenos Aires, uma "ótima oportunidade" para os moinhos brasileiros, que terão o cereal por aproximadamente R$ 890 a tonelada.

Tendência - "Devido à quebra das safras de Minas Gerais, Goiás e Paraná, a tendência é que os preços no Brasil fiquem iguais ou mais altos que os atuais [R$ 850 no Paraná e R$ 900 no Rio Grande do Sul, em média]. Calculo que, em maio, por exemplo, na entressafra, o preço chegará a R$ 1.100 a tonelada. Se o moinho fixar em R$ 890, olha o ganho", diz o analista.

Expectativa - A expectativa é que o Brasil colha 5,5 milhões de toneladas de trigo neste ano, 1,1% mais que na safra passada, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Levando em conta que o consumo nacional é praticamente estável, da ordem de 12,5 milhões de toneladas, analistas e a própria Conab calculam que a importação somará de 6,8 milhões a 7,2 milhões de toneladas, e esse volume virá sobretudo da Argentina. No ano passado, o país forneceu 86% do trigo importado pelo Brasil.

Melhor - Pacheco ressalta que fazer negócios futuros na bolsa argentina é melhor do que na bolsa de Chicago para os moinhos brasileiros porque há correspondência com o mercado físico. O problema é que os moinhos brasileiros não costumam trabalhar com preços futuros. "É um erro que precisam corrigir. É o momento de não perder oportunidade", observa ele.

Discordância - Maurício Ghiraldelli, diretor de suprimentos do Moinho Cruzeiro do Sul, dono da marca de farinhas Rosa Branca, discorda. "O contraponto para fazer uma compra futura é uma venda de farinha futura, e o varejo brasileiro trabalha com preços à vista". O Cruzeiro do Sul vende 80% da sua produção para padarias, restaurantes e para o consumidor final.

Recuo - Além disso, o executivo acredita que os preços na Argentina vão recuar além do que está precificado nos contratos futuros com a chegada da safra nova, devido ao grande volume esperado.

Logística - Ghiraldelli também diz que os problemas de logística do país vizinho precisam ser conhecidos antes que se estabeleça qualquer cálculo para o futuro. "O trigo argentino pode até ter subido menos que nos últimos anos, mas levando em consideração os custos de logística, está muito caro".

Soja e milho - O executivo relata que, diante dos problemas entre EUA e China, a Argentina tem intensificado suas exportações de soja e milho, de forma que seus portos estão congestionados, o que não é comum nesta época do ano. "O line up de navios está enorme e ouvi dizer que, por isso, algumas tradings estão oferecendo aos moinhos brasileiros trocar compras de trigo da Argentina pelo produto dos EUA sem spread".

Incerteza - Segundo ele, o Cruzeiro do Sul não teve interesse nesse negócio por que tinha um navio quase cheio na ocasião da oferta e por estar com os blends já definidos. Mas a incerteza sobre o assunto afasta qualquer ideia de antecipação de contratos.

Fonte: Portal Paraná Cooperativo

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