Agropecuária | Publicada em 02/08/2019
O frango abatido registrou em julho corrente comportamento muito similar ao observado dois meses atrás, em maio. Tanto que os preços do final do mês (considerado o produto resfriado comercializado no Grande Atacado da cidade de São Paulo)estão sendo praticamente iguais - pouco superiores a R$4,00/kg.
Mas as semelhanças param aí. Porque, desta vez, o abatido não conseguiu repetir o pico de preços observado em maio, ocasião em que alcançou a melhor cotação deste ano. E como, à primeira vista, não vem ocorrendo aumento na oferta interna (a produção, tudo indica, permanece relativamente estável, enquanto as exportações vêm aumentando), fica claro que o problema está concentrado na diminuta capacidade aquisitiva do consumidor.
À primeira vista isso teve efeito mínimo sobre os preços do frango abatido, pois o valor médio do mês, da ordem de R$4,24/kg (dados preliminares), recuou menos de 1% em relação ao mês anterior, além de situar-se 22% acima do que foi registrado no mesmo mês do ano passado.
Ocorre, porém, que, um ano atrás, ainda como desdobramento do movimento caminhoneiro, o valor médio de julho caiu a um dos mais baixos patamares do segundo semestre do ano. Portanto, a atual variação de 22% tem pouco ou nenhum significado. O pior, porém, é que o preço médio ora registrado corresponde à menor média dos últimos quatro meses. Ou seja: abaixo de julho corrente só o desempenho do primeiro trimestre de 2019, época em que o País apenas começava a engrenar.
Dada a recuperação observada em 2019 e uma vez que boa parte de 2018 foi desafiante para o setor (greve dos caminhoneiros; embargo de abatedouros pela UE; problemas de exportação para o Oriente Médio), o incremento de preços registrado na média dos primeiros sete meses do corrente exercício tinha que, naturalmente, ser significativo. E, efetivamente, o índice de valorização alcançado é, à primeira vista, algo inédito no setor: 34% de incremento em relação a idêntico período do ano passado.
Independente, porém, desse ganho atípico, a média registrada entre janeiro e julho de 2019 corresponde, ao menos nominalmente, ao melhor desempenho observado em todos os tempos para os primeiros sete meses do ano.
Fonte: AviSite
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