Agropecuária | Publicada em 14/11/2018
A quebra na qualidade do trigo brasileiro que vem sendo colhido pode acabar adiantando o movimento de importação do cereal nos estados da Região Sul. É isso que informa o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, que falou também sobre a situação da colheita do produto no Brasil.
“Como a colheita nos dois maiores estados produtores ainda não terminou, está em 86% no PR e ao redor de 15% e 20% no RS, não se tem as dimensões exatas do volume a ser colhido e, deste, quanto será trigo milling e quanto será trigo feed. Esta distinção é particularmente importante para se saber exatamente qual será a disponibilidade de trigo milling para os moinhos brasileiros e qual a real necessidade de importação”, comenta
De acordo com Pacheco a quebra da qualidade é notável e deverá adiantar ou aumentar os volumes a serem importados nos próximos meses “de São Paulo para cima”, para melhorar a qualidade das farinhas a serem produzidas. Por outro lado, poderá haver venda de trigo gaúcho para o Nordeste.
“Com isto, espera-se que os preços internos também se elevem, inclusive e principalmente o das farinhas, porque os trigos importados estão chegando ao redor de R$ 1.025,00/tonelada, o que deverá puxar também os preços internos para próximo deste nível (algo ao redor de R$ 800,00/t no RS e R$ 900,00 no PR, para quem tiver trigo tipo 1)”, informa.
No entanto, o analista fala também sobre a necessidade de uma elevação. “Só para se ter uma ideia, os preços das farinhas hoje são para compra de trigo ao redor de R$ 800,00/t posto moinho, portanto, a elevação terá que ser significativa”, conclui.
Fonte: Agrolink
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