Agropecuária | Publicada em 12/11/2018
O
Coordenador de Desenvolvimento Tecnológico da Barenbrug, Paulo Ramalho,
indica os benefícios e cuidados que é preciso ter em cada sistema.
“O
sistema em linha tem como vantagem a distribuição mais precisa das
sementes na área, o que possibilita uma melhor regulagem da taxa de
semeadura. Neste sistema, as sementes são semeadas na profundidade
adequada e de maneira uniforme, promovendo o melhor aproveitamento do
lote das sementes. Desta maneira, a relação entre a taxa de semeadura e o
resultado de plantas emergidas é mais previsível, portanto pode ser
melhor planejada”, comenta.
O sistema de semeadura a lanço é
hoje o sistema mais utilizado pelos pecuaristas e também agricultores
que fazem ILP ou utilizam a palhada da forrageira para o plantio direto.
Neste sistema consegue-se uma melhor distribuição espacial das sementes
e normalmente se utilizam taxas de semeadura maiores. Neste caso, é
muito importante que se tome um cuidado especial para que a largura de
trabalho regulada para a semeadora seja respeitada e também se recomenda
que, quando possível, seja feita uma operação para incorporação ou
compactação das sementes ao solo.
“O sistema aéreo tem alto
rendimento operacional e, preferencialmente, deve-se usar sementes de
elevada pureza física. Já no método de plantio manual, o principal
cuidado a ser tomado é não aprofundar as sementes excessivamente nas
covas. Recomenda-se usar matracas com limitadores de profundidade de
semeadura situados a 2,0cm da boca da saídadas sementes”, aponta.
Alguns
tópicos como profundidade de semeadura, taxa de semeadura,
monitoramento inicial e manejo do primeiro pastejo devem ser
considerados para o estabelecimento da pastagem.
“A profundidade
de semeadura é variável de acordo com a espécie a ser estabelecida. De
maneira geral, para as Brachiarias, uma profundidade média de 2,0 cm é o
mais indicado, podendo chegar a 4,0 cm em solos mais arenosos. Para
Panicum, uma faixa de 0,5 a 2,5 é a melhor recomendação, tendo 1,0 cm
como valor médio, em virtude do menor tamanho da semente”, destaca.
Na
taxa de semeadura, deve-se definir a quantidade de sementes com base
nas expectativas de estabelecimento, de acordo com as condições de
preparo do solo, equipamentos disponíveis, época de plantio,condições
climáticas, assim como a fertilidade e histórico de invasoras na área. A
densidade de plantio varia para cada espécie e cultivar, além das
condições, época, fertilidade do solo, conteúdo de água no solo e manejo
de operação da semeadura. Como uma regra geral, em condições ideais de
preparo de solo e clima, deve-se utilizar de 8 a 12 kg por hectare de
sementes incrustadas Barenbrug para a formação de um hectare de
pastagem.
O monitoramento deve ser constante durante o
desenvolvimento das plântulas nas primeiras semanasapós a semeadura.
Ataques de insetos, quando ocorrem, podemreduzir drasticamente a
população inicial de plantas.“Também deve ser realizado o controle de
invasoras quando necessário. Para se avaliar a qualidade da operação de
semeadura, a contagem das plântulas deve ser realizada entre 15 e 30
dias após a semeadura na área. É considerado satisfatório quando o
número levantado estiver dentro daquele recomendado para cada
espécie/cultivar, que, de maneira geral, é de 20 plântulas/m² nos
cultivares de Brachiaria e 60 plântulas/m² nos cultivares do gênero
Panicum”, avalia.
Em relação ao momento do primeiro pastejo, uma
avaliação interessante é realizar uma caminhada pela área e simular o
pastejo dos animais com as próprias mãos, ou seja, puxar as pontas das
folhas e observar se acontece o arranquio de plantas inteiras, com
raízes. Em caso positivo, é interessante que se espere mais um pouco,
mas deve-se atentar também para não esperar demais e deixar com que as
plantas não excedam demais a altura de entrada recomendada ou mesmo
floresçam e produzam sementes. O momento ideal é quando as plantas já
apresentam uma boa fixação no solo, quando se faz o teste anteriormente
citado.
“O primeiro pastejo tem como objetivo contribuir com o
estabelecimento de plantas forrageiras produtivas na área, promovendo o
perfilhamento destas. O desponte inicial das plantas permite a entrada
de luz na base das touceiras, estimulando a produção de novos perfilhos,
o que definirá o potencial produtivo da pastagem”, finaliza.
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