Agropecuária | Publicada em 31/10/2018
Os próximos anos podem ser muito promissores para o setor sucroenergético. Essa é a visão das traders para os anos de 2019 e 2020 durante a 18 Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol, que acontece nos dias 29 e 30 de outubro em São Paulo - SP.
A expectativa é que a safra mundial 2018/2019 feche com superávit de até 1,5 milhão de toneladas, com estoques de passagem confortáveis. Apesar disso, na temporada 2019/2020 pode ocorrer um déficit entre 5 e 6 milhões de toneladas. Para a RCMA do Brasil, responsável pela exportação de açúcar para mais de 87 países, o setor deve ficar de olho na produção do Brasil, Índia, Tailândia, Paquistão, China e Europa.
No Brasil, a posição do novo governo deve ditar a tendência da próxima safra, especialmente se ela vai ser mais alcooleira. Porém, se os preços do açúcar apresentarem alta durante a safra, a expectativa é que o Brasil coloque no mercado mundial entre 5 e 6 milhões de toneladas a mais de açúcar.
A redução da safra na Índia deve se confirmar, assim como na Europa e na Tailândia, que deve ficar abaixo 14 milhões de toneladas. O mesmo deve acontecer no Paquistão, limitando as exportações, mantendo o maior volume para o país vizinho, o Afeganistão. Já a China deve sofrer com a desaceleração da economia e também com o processo na OMC (Organização Mundial do Comércio).
Apesar da visão mais otimista para o mercado mundial, o diretor da RCMA, Felipe Ferraz, diz que vai permanecer no mercado que tem uma gestão eficiente, pois é necessária uma maneira mais eficaz na produção de açúcar. "O Brasil tem uma vantagem competitiva de ter o custo de produção mais baixo mundo, ainda assim muitos grupos têm grande potencial de desaparecer", revela.
Quanto ao etanol, o executivo diz que o setor vive uma grande crise por conta do controle de preço e, caso o novo governo adote uma postura mais livre, vai conseguir recuperar o setor e ditar o preço do açúcar no mercado mundial.
Fonte: Datagro
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