Agropecuária | Publicada em 10/10/2018
A estimativa de produção de trigo da T&F Consultoria Agroeconômica foi revisada para baixo na última semana. “Até o mês de setembro mantínhamos o potencial produtivo do trigo no Brasil em 5,3 milhões de toneladas, mas, diante das intempéries climáticas ocorridas na região sul e sudoeste do PR, todo o estado de SC e oeste do RS estamos reduzindo nossa expectativa para algo ao redor de 4,9 milhões de toneladas”, revisou o analista Luiz Fernando Pacheco.
Esta queda de volume e de qualidade, segundo ele, já está fazendo alguns moinhos pensarem em adiantar importações de trigo argentino via barcaças para o oeste do País. Também estimula a compra de trigo paraguaio que, apesar de alguns problemas climáticos, poderá ter produto melhorador.
Nesse caso, porém, o problema é que “estará nas mãos de gente que não irá querer vendê-lo tão cedo”, segundo um corretor paraguaio. De acordo com Pacheco, a soma destes dois fatores: menos trigo brasileiro e adiantamento das importações poderá manter os preços do trigo colhido bom colhido na safra 201819 em níveis mais elevados do que se esperava inicialmente.
“Outro ponto importante é que, nem tudo o que for colhido será de trigo milling (bom para consumo humano). Acreditamos que o volume de trigo feed, forrageiro, destinado ao consumo exclusivamente animal, possa crescer em relação à expectativa inicial, que era quase zero e agora se situa ao redor de 200 mil toneladas e ainda não é o número final, porque as lavouras não estão todas colhidas e as ameaças de tempo chuvoso continuam”, explica.
Fonte: Agrolink
Feiras |
Sustentabilidade |