Agropecuária | Publicada em 11/09/2018
A União Europeia decidiu renegociar com os EUA uma cota de importação de carne bovina americana para acalmar Donald Trump. Isso enterrará de vez a possibilidade de o Brasil se beneficiar desse mecanismo para seus exportadores.
A questão envolve um acordo de 2009 que autoriza os EUA a exportarem 45 mil toneladas por ano de carne sem hormônios para a UE.
Oficialmente, a cota, com condições mais vantajosas para os exportadores, segue a lógica o "primeiro que chega é o primeiro que se serve". Mas a UE elaborou requisitos técnicos que, teoricamente, seriam atendidos sobretudo pelos produtores dos EUA. Ocorre que outros países também conseguiram aproveitar a brecha, como Argentina, Uruguai, Austrália e Nova Zelândia.
O Brasil também tentou esse caminho. Apresentou documentos à UE para atender aos requisitos, mas Bruxelas demorou a responder. Depois, em 2017, veio a operação Carne Fraca, que fragilizou a reputação da carne brasileira na UE, de forma que o país não conseguiu ser habilitado para exportar dentro dessa cota.
O plano europeu não é ampliar a cota, mas examinar seu funcionamento para encontrar uma forma de garantir que as 45 mil toneladas sejam direcionadas apenas aos EUA. Qualquer solução, porém, precisará passar pelo crivo da Organização Mundial do Comércio (OMC). A Nova Zelândia já avisou que a cota é importante para seus exportadores.
Fontes europeias dizem que a negociação da cota da carne bovina com os EUA não vai afetar em nada as negociações UE-Mercosul, em que uma das questões é justamente a cota para os produtores do Cone Sul.
Fonte: Avisite
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