Agropecuária | Publicada em 03/08/2018
Com previsão inicial de colher um volume 26% maior, somando 30,36 milhões de sacas de 60 quilos do café arábica, a colheita no Estado já alcança em torno de 65% a 70% do previsto. Apesar da qualidade melhor neste ano, os preços pagos pelo café estão abaixo do esperado pelo setor.
De acordo com o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e presidente das Comissões de Cafeicultura da Faemg e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita, a falta de chuvas, a princípio, tem contribuído para a evolução da colheita e da preservação da qualidade do café. Porém, o setor está receoso em relação à próxima safra, uma vez que o déficit hídrico pode impactar de forma negativa no próximo ano.
“Esse ano, até o momento, estamos sem chuvas e isso tem implicado em uma qualidade melhor da safra. O índice de colheita nos cafezais já está em torno de 65% a 70%”, informou Mesquita. No entanto, em relação ao volume a ser colhido no Estado, ele considera que “ainda é cedo para estimar, prefiro aguardar a conclusão porque tem regiões com uma safra muito boa e algumas foram afetadas pelo clima. Se por um lado as chuvas são positivas para a colheita, por outro, nos deixa bastante receosos em relação às condições do cafezal para a próxima safra”, explicou.
Outra preocupação dos cafeicultores se refere aos preços pagos pelo café, considerado abaixo do necessário para garantir a remuneração dos produtores, principalmente nas áreas montanhosas, onde o custo de produção é maior em função do emprego de mão de obra. “Hoje a cotação da saca de café está situada entre R$ 400 e R$ 420, valor que realmente não remunera as principais regiões de Minas Gerais e do Brasil”.
Fonte: Diário do Comércio
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